17 fevereiro, 2011

Uma retrospectiva da Moda

Retrospectiva da Moda

Anos 10 - Acontecimentos como a 1ª guerra mundial e a popularização do cinema mudo influenciaram a moda dos anos 10. Surgiu em 1913 o primeiro soutien, criado por Mary Phelps. As mulheres abandonaram os espartilhos e buscaram roupas simples e práticas. Em 1917, surgiu o primeiro tênis, chamado de ked´s.

Anos 20 - A mulher dos anos 20 se tornou mais independente e passou a usar vestidos mais curtos e mais soltos, deixando braços e costas à mostra. O foco de atenção eram os tornozelos. Os cabelos curtos e o uso do chapéu, que ficou menor e restrito ao dia, completavam o visual elegante daquela época e que ainda hoje encanta muita gente. O cinema exibia filmes com Rodolfo Valentino e Gloria Swanson. O jazz e o charleston animavam os bailes. No Brasil acontecia a Semana de Arte Moderna.

Anos 30 - A queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 pôs fim a uma década de prosperidade e desencadeou uma crise econômica mundial. Poucos ostentavam roupas glamourosas. Até os vestidos de noite eram confeccionados com tecidos mais baratos. O comprimento das saias ficou mais longo e o corte mais reto e justo. A moda criou roupas adequadas para as atividades da época, os esportes e os banhos de sol. Então, surge o short e as sandálias se tornam mais populares. Os óculos escuros eram o acessório do momento. A butique, palavra que significa “já pronto”, vendia os primeiros produtos em série.

Anos 40 - Com o início da 2ª guerra mundial, novamente a moda reflete a difícil realidade daquela época. A compra de tecidos era controlada e materiais alternativos, como a viscose e as fibras sintéticas, eram utilizados para as confecções. O corte era reto, estilo militar. Os vestidos mais curtos. Os cabelos mais longos, muitas vezes presos, formando cachos. O chapéu tornou-se um acessório quase que obrigatório, enfeitado com flores ou véus. A maquiagem era improvisada com produtos caseiros. Durante este período, a produção de roupas em grande escala se desenvolveu e tornou-se uma maneira prática de estar na moda. Em 1946, surge o maiô de duas peças, isto é, o biquíni. Em 1947, com o final da guerra, Christian Dior lança o New Look: saia ampla, cintura marcada e saltos altos. A sofisticação e a feminilidade estavam de volta.

Anos 50 - Passado os tempos difíceis, as mulheres voltaram a usar trajes mais femininos: os vestidos eram rodados, a cintura bem marcada, o destaque era para o volume do busto e os acessórios luxuosos. Os sapatos eram de salto alto, tanto que em 1951 surgiu o salto agulha.

O cuidado com a aparência impulsionou o mercado de cosméticos. A moda era realçar os olhos com rímel, sombra e delineador. A tintura para cabelos e os alisadores começaram a fazer parte do cotidiano das mulheres. Os penteados podiam ser coques ou rabos de cavalo ou ainda cabelos mais curtos com franja. Esperava-se da mulher dos anos 50 ser além de bem cuidada, uma ótima dona de casa. A união da feminilidade e da sensualidade. Apesar da alta costura estar em grande evidência nesta época, cresce o setor de produção em massa, que promove o acesso de um número maior de pessoas as roupas da moda e as principais tendências. Com a chegada do Rock & Roll, a moda colegial surge para as meninas que além da saia rodada, usavam a calça cigarrete, os suéteres e sapatos baixos. Para os meninos, os jeans e o blusão de couro. A juventude surge como um mercado promissor.

Anos 60 - Nesta década os jovens estiveram em evidência. Em busca da liberdade de expressão, disseram não ao consumismo dos anos anteriores. As ruas inspiravam as tendências da moda. A cintura marcada foi deixada para trás. Era a vez dos vestidos mais soltos e retos, da calça cigarrete, dos “terninhos” e da minissaia, que foi a grande revolução dos anos 60. As perucas também tiveram seu destaque, produzidas em kanekalon.

Época marcada pelo movimento hippie: tecidos muito coloridos e com estampas geométricas. Os homens deixaram os cabelos crescerem. O guarda-roupa masculino apresentava modelos usados pelos Beatles, Roberto Carlos e mais tarde Mutantes. A moda não era mais única. Havia espaço para diferentes estilos. No final da década, o jeans e a camiseta se tornaram inseparáveis.

Anos 70 - Os anos 70 foram marcados pela dissolução dos Beatles, pelo avanço do feminismo, pela luta contra o racismo e pelo combate a censura. Estava na moda a mistura de composições e o não combinar de roupas. A utilização de cores, materiais e formas variadas herdadas dos anos 60 permaneceram. A calça boca-de-sino e os sapatos plataforma de salto bem alto é a imagem desta época que ficou na lembrança juntamente com o brilho e as cores dos “Embalos de Sábado a Noite”, da era disco.

Anos 80 - Nesta década o convívio de vários estilos – o sofisticado e o esportivo, o sensual e o divertido – parece ter dado o pontapé na idéia do “cada um faz a sua moda”. As cores eram cítricas e cheia de contrastes. Ao lado dos “yuppies” – jovens executivos que sonhavam com status, estavam os adeptos da geração saúde, que além de bem sucedidos preocupavam-se em ter um corpo bonito e saudável. Assim, na memória desta época estão guardados: a cintura alta, as ombreiras, a calça baggy, a manga morcego, as sandálias de plástico e também o moleton, a calça fuseax, as polainas, os collants e os mocassins. Outras tribos também marcaram esta época como o punk e o new wave. O tênis se tornou um calçado para qualquer momento, o tecido stretch é lançado e o jeans ganha status. As roupas de “marca” destacam seus logotipos e os shoppings se tornam grandes centros de compra.

Anos 90 - A moda nesta década seguiu de início a moda dos anos anteriores. Surge o jeans colorido e com o lançamento da blusa segunda-pele, que impulsionou o mercado de lingerie, as peças se tornaram mais coloridas e feitas para serem mostradas. No final dos anos 90, traços da moda dos anos 60 e 70 foram utilizados para criar novas tendências.

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